Em um prédio na cidade de São Paulo, um advogado cristão percebe que algo está errado com seu vizinho de porta. Este não lhe cumprimenta, bate a porta com violência ao vê-lo, o mesmo acontecendo com sua esposa e filhos. Os meninos do vizinho em certo momento chegam a cuspir no vaso do hall ao encontrar qualquer pessoa da família do advogado.
Certo dia, em conversa com o porteiro do condomínio, a esposa do advogado comenta que não entende as razões deste comportamento, começando a desconfiar que os moradores do apartamento em frente eram malucos. Surpresa, ouve do porteiro os motivos desta situação, no mínimo, inusitada.
“Seu marido é um advogado trabalhista muito bom, nós aqui no prédio sabemos. Ocorre que o seu novo vizinho é filho de um empresário que morreu graças à atuação de seu marido, junto ao sindicado, contra a empresa do pai dele. Seu marido foi eficiente nos processos que os funcionários do pai dele abriram, tomou todos os bens que eles possuíam, o velho acabou morrendo de desgosto pela falência, considerando que muito dos processos eram movidos por usura e mentira dos ex-funcionários”. Deste dia em diante, o advogado e a esposa colocavam em oração constantemente aquela família, pedindo que Deus os socorressem em sua aflição. Um tempo depois, souberam que eles haviam se mudado, o rapaz havia ganhado na loteria e abrira sua própria empresa. Esta história é real. A Reforma Trabalhista veio. A possibilidade da parte demandante ser onerada com as custas em caso de perda do processo fez com que o mesmo advogado trabalhista entrasse em grandes dificuldades, ou seja, antes, qualquer reclamação era ampliada e levada adiante, tudo contra os empregadores, bons ou maus, sempre obrigava a um acordo, mesmo que nada fosse devido. O Movimento Empresário Cristão repudia ações e propostas que nos levem ao conflito nos nossos ambientes de trabalho, somos convictos que o clima que hoje está posto na nossa sociedade teve início e se deve à esta ação deliberada do “nós contra eles”. A pandemia de coronavírus mostrou claramente o quanto dependemos uns dos outros, patrões e empregados, assim, repudiamos candidatos que pregam revogações totais nos avanços de leis trabalhistas para afastar o diálogo tão necessário no mundo do trabalho.
Finalizamos com uma citação da “Encíclica Laborem Exercens” do Papa João Paulo II em 1981.
“Ao lado do salário, entram em jogo aqui neste ponto ainda outras subvenções sociais que têm como finalidade assegurar a vida e a saúde dos trabalhadores e a das suas famílias. As despesas relacionadas com as necessidades de cuidar da saúde, especialmente em caso de acidentes no trabalho, exigem que o trabalhador tenha facilmente acesso à assistência sanitária; e isto, na medida do possível, a preços reduzidos ou mesmo gratuitamente. Um outro sector respeitante às subvenções é o daquilo que anda ligado ao direito ao repouso; trata-se aqui, antes de mais nada, do repouso semanal regular, compreendendo pelo menos o domingo, e além disso de um repouso mais longo, as chamadas férias, uma vez por ano ou, eventualmente, algumas vezes durante o ano, divididas por períodos mais breves.” João Paulo II
A possibilidade de férias em períodos negociados com os trabalhadores facilita a convivência com os filhos em momentos de férias escolares, bem como a alternativa de redução em horários de almoço de forma combinada, ajuda os jovens que estudam e trabalham em pequenas empresas. Se você é jovem, saiba que esta foi uma conquista destas Reformas Trabalhistas, antes era proibido pela legislação e sindicatos qualquer negociação.
Movimento Empresário Cristão
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