top of page

Resultados da busca

40 items found for ""

  • Empresa: cuidados na pandemia

    Como cuidar da sua pequena empresa e sobreviver nas crises “Faça uma planilha e aprenda a cuidar das despesas e receitas, não tire dinheiro para as suas necessidades, faça uma pesquisa de mercado, vá ao gerente do banco e ao contador e não se esqueça, estamos aqui para cuidar de você. Principalmente, não se esqueça da planilha, cuidar do dinheiro.” Bom, quantas vezes observamos estas orientações ao longo dos últimos anos. Recordo que certa vez fui visitar uma empresa em minha função de subgerente de banco e, acompanhado do gerente, observei atentamente todas as necessidades apresentadas pelo dono. Ao sair, fui surpreendido pela frase do gerente da agência:- “Cuidado, ele tinha uma bíblia aberta na mesa, pode estar com muitas dificuldades”. Se encontrasse este gerente hoje, passados 35 anos desde momento, poderia perguntar quais as suas impressões para os dias que vivemos. Especialista em planilhas de custos e tendo trabalhado em bancos, peço licença para dar uma sugestão pela experiência de vida como pequeno empreendedor. Neste momento de pandemia e isolamento, cuide para preservar a paz em sua família, concentre todo os esforços para manter o alimento em sua casa, não tenha vergonha de pedir ajuda, trate com amor sua esposa, esposo, filhos e acredite, Deus estará presente. Juntos, em família, poderá ser difícil, mas com certeza as portas se abrirão. Trecho de uma reflexão do Papa Paulo VI “Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré. Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo. Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social. Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor. Jesus, Maria e José nossa família vossa é! Paz e Bem! Papa Paulo VI

  • O Direito a Moradia

    Fonte: Condomínios Unidos - 15/05/2017  - Por Luciana Reis O direito à moradia e o papel fundamental da habitação às pessoas em situação de pobreza As informações apresentadas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela relatora especial Leilani Farha A especulação imobiliária e a valorização dos imóveis chegaram a tal ponto que se sobrepõem ao direito à moradia, um dos direitos sociais fundamentais previstos pela Constituição Federal no Brasil e por vários tratados internacionais. Essas são, inclusive, as conclusões de relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU por Leilani Farha, atual relatora especial para o Direito à Moradia Adequada. Uma de suas principais defesas é a de que a moradia não pode ser reduzida a uma fonte de lucro para os ricos. A crítica chama a atenção para o “mercado imobiliário que coloca a especulação acima dos direitos humanos, tornando as propriedades inacessíveis para a maioria das famílias". Outro ponto que chama a atenção é que a moradia representa quase metade de todos os ativos globais, e mais que o dobro do PIB mundial. Os desafios diários de habitação, as situações de despejo e os altos preços dos imóveis são apontados no relatório, apresentado na 34ª Conferência do Conselho de Direitos da ONU, em março deste ano. Anteriormente, a relatora já havia chamado a atenção para os problemas habitacionais em todo o mundo, e também para as recomendações e medidas apontadas como fundamentais para a promoção das políticas de moradia, com enfoque nos direitos humanos, a partir de programas como as políticas de aluguel, cooperação e posse coletiva, com apoio dos Estados. É importante salientar que a moradia adequada está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a qual deve ser garantida a todos até 2030 O direito à habitação visto a partir da ótica brasileira O mesmo era defendido por Raquel Rolnik, arquiteta e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU) e ex-relatora especial para o Direito à Moradia Adequada durante dois mandatos (de 2008 a 2011, e de 2011 a 2014). Quando terminou seu período como relatora, Raquel escreveu um livro com a análise do quanto o processo que chama de financeirização da moradia, em que o direito à habitação se torna um modo de “fazer dinheiro” e obter muitos lucros, faz com que os pobres tenham ainda mais dificuldades, ocasionandos uma concentração de áreas a serem habitadas na posse dos mais ricos. No Brasil, a situação apontada não é diferente, e este é um tema que vem sendo discutido há anos, ainda se mantendo atual. Letícia Osório, representante da organização internacional que atua em diferentes países, o Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos (COHRE), trouxe diferentes aspectos de nosso país em Fórum Nacional de Reforma Urbana, ocorrido em 2003. Entre os assuntos debatidos estava o “déficit habitacional”, quando faltam unidades de moradia, mas também condições como infraestrutura e saneamento que atendam às necessidades da população. É essencial acompanhar o dever das diferentes esferas de Governo para com o investimento em moradia, que priorize as camadas mais necessitadas da sociedade pois, como salienta a relatora Leilani Farhi, as autoridades não devem trocar o compromisso que têm com as obrigações de direitos humanos pela lealdade a mercados e investidores.

  • Coragem e cuidados na pandemia

    Vamos com esperança, sem medo e com Deus no coração, cuidando de nossa higiene pessoal, dos nossos familiares, amigos, colaboradores e dedicando aos nossos idosos uma atenção que nos últimos tempos esteve em falta dentro de muitos lares. Construir uma sociedade nova apoiada nos ensinamentos de Jesus será nossa fortaleza, ele está conosco. Pergunte ao seu vizinho se está precisando de ajuda. ======================================================================== Ex, 30:17-21 "O Senhor disse a Moisés: “Farás uma bacia de bronze para as abluções, com um pedestal de bronze; tu a colocarás entre a tenda de reunião e o altar, e deitarás água nela. Aarão e seus filhos tirarão daí a água para lavar as mãos e os pés. Quando entrarem na tenda de reunião, deverão lavar-se com essa água, para que não morram. Igualmente quando se aproximarem do altar para o serviço, para oferecer um sacrifício ao Senhor, lavarão os pés e as mãos, para que não morram. Essa será para eles, Aarão e sua posteridade, uma lei perpétua, de geração em geração”. ======================================================================== Trecho de um artigo do jornalista Jamil Chade, relatando as observações da OMS para a necessidade de nos adaptarmos à uma realidade de convivência longa com o Coronavírus até a descoberta de uma vacina, algo previsto apenas para meados de 2021. Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/04/24/coronavirus-nova-rotina-apos-pandemia.htm Observações do Diretor Operacional da OMS, Michael Ryan. “Ele admitiu, porém, que ainda que a ciência tenha de pautar as decisões, medidas terão de se adaptar à vida prática. "Temos de ter um novo contrato social para compartilhar os riscos", disse. “Outra preocupação se refere ao impacto profundo que as quarentenas estão tendo entre as camadas mais pobres. Na ONU, o grande temor é de que, sem um apoio sólido a essa população, as restrições gerem "distúrbios sociais" e desestabilizem governos. Num documento interno das Nações Unidas sobre o impacto da pandemia nos direitos humanos, a entidade admite que falar em lavar as mãos é um desafio para 2,2 bilhões de pessoas que não têm água em casa.” “No mundo, 1,8 bilhão ou não tem casa ou vivem em locais inadequados. Distância social, portanto, é apenas um sonho para tal camada da população. "A pobreza é um fator de risco", diz a ONU. "Temos de encontrar um caminho para o futuro, que equilibre o risco do vírus com o risco para a renda das pessoas", disse Ryan.”

  • Nem só de Pão o homem viverá

    “Nem só de pão o homem viverá” Mateus 4:4 Jesus ressuscitado nos chama para a vida, vence a morte e nos conforta, estará conosco até o final dos tempos. É nosso amigo, vai conosco na caminhada. Corremos hoje aos supermercados e aos Bancos, muitas vezes ficamos amontoados em filas enormes, tudo para levar o pão de trigo para casa, ou ainda comprar o alimento em Delivery que é manuseado por muitos até chegar em nossos lares, é essencial. Por vezes nos questionamos, por que não é possível de alguma forma organizada estar perto das nossas Igrejas? Penso, melhor será morrer do que perder a fé e abandonar os sacramentos que me foram passados de geração à geração, vindo desde aqueles que sorrindo e cantando, se entregavam aos leões no coliseu romano, mas não abandonavam o Mestre. Somos verdadeiramente capazes de seguir Jesus e estar longe da comunhão que ele nos deixou? “Este é o meu corpo, tomai e comei”. Faz muita falta. Papa adverte sobre perigo de que o coronavírus favoreça uma religiosidade gnóstica Papa Francisco durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta. O Papa Francisco enfatizou, durante a Missa celebrada nesta sexta-feira, 17 de abril na Casa Santa Marta, que a familiaridade com Jesus deve ser comunitária: com a Igreja, com os sacramentos e com o povo. Advertiu que "uma familiaridade sem comunidade, uma familiaridade sem o pão, uma familiaridade sem a Igreja, sem o povo, sem os sacramentos, é perigosa". “Pode tornar-se uma familiaridade – digamos – gnóstica, uma familiaridade separada do povo de Deus. A familiaridade dos apóstolos com o Senhor sempre era comunitária, se dava sempre à mesa, sinal da comunidade. Sempre era com o Sacramento, com o pão”, afirmou. O Pontífice fez essa reflexão à raiz da situação excepcional que a Igreja está vivendo por causa da pandemia de coronavírus, que obrigou a celebração da Missa através dos meios de comunicação por causa do isolamento social. Assinalou que essa familiaridade gnóstica é um perigo no qual os cristãos podem cair neste momento de pandemia em que "todos nos comunicamos também religiosamente através da mídia, inclusive esta Missa, estamos todos comunicados, mas não juntos, espiritualmente juntos”. "Esta não é a Igreja", enfatizou. “Esta é a Igreja de uma situação difícil, que o Senhor a permite, mas o ideal da Igreja é sempre com o povo e com os Sacramentos. Sempre”.

  • Deus e a ciência.

    Diante do sofrimento e da morte que se apresenta à nossa frente na pandemia do Coronavirus, a citação mais ouvida em todas as orientações aos brasileiros trata de deixar bem claro que tudo depende da Ciência. Alguns já se questionam se Deus é o senhor das nossas vidas, devemos confiar todas as nossas forças nos homens cientistas, nenhuma lembrança de nosso Pai que está nos Céus. Talvez, o pavor da morte e outras realidades do mundo levem pessoas muito capazes à esquecer que a ciência mais perfeita é aquela que vem de Deus. Peçamos em oração que Ele ilumine os nossos cientistas para a descoberta de algum medicamento ou vacina que amenize as nossas dores. "10 frases impressionantes de cientistas sobre Deus e sobre a fé” Fonte https://www.semprefamilia.com.br “Um pouco de filosofia inclina a mente humana para o ateísmo, mas o aprofundamento na filosofia reaproxima a mente humana da religião”. Francis Bacon (1561-1626), fundador do método científico moderno. ======================================================================== “Fogo. Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó e não dos filósofos e dos sábios. [?] Deus de Jesus Cristo. [?] Que eu nunca mais me separe dele, eternamente.” Blaise Pascal (1623-1662), matemático. ======================================================================== “As investigações científicas revelam novas maneiras com as quais Deus trabalha e nos trazem revelações mais profundas do totalmente desconhecido”. Maria Mitchell (1818-1889), primeira astrônoma norte-americana e primeira mulher a ser nomeada para a Academia Americana de Artes e Ciências. ======================================================================== "Quanto mais eu estudo a natureza, mais me maravilho com a obra do Criador.” Louis Pasteur (1822-1895), um dos fundadores da microbiologia, criador da pasteurização. ======================================================================== “Estou procurando mostrar que não há incompatibilidade entre a verdade científica e a revelação: são duas coisas que tratam de espaços diferentes. Uma trata da realidade da vida, a outra trata do transcendental.” Carlos Chagas Filho (1910-2000), presidente da Academia Brasileira de Ciências (1965-1967) e da Pontifícia Academia de Ciências (1972-1989). ======================================================================== “Não há nenhum ponto em que se verifique um divórcio entre a ciência de hoje e a religião de sempre. Não há nenhuma questão de fé sobre a qual a ciência possa afirmar algo e, quanto mais, nos surpreender, já que sabemos de antemão que não pode haver incompatibilidade alguma entre o objeto da religião e o da ciência, ou seja, entre a verdade e o verificável.” Jérôme Lejeune (1926-1994), descobridor da trissomia do cromossomo 21 (causa da síndrome de Down) e presidente da Pontifícia Academia para a Vida (1994). ======================================================================== “Eu sei que o conceito de Deus me ajudou a lidar com muitas questões na vida, me guiou em situações críticas e o vejo confirmado em muitas ideias profundas sobre a beleza do funcionamento do mundo”. Werner Arber (1929-), Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1978 e presidente da Pontifícia Academia de Ciências. ======================================================================== “Muitos cientistas são também pessoas com uma fé religiosa bastante convencional. Eu, um físico, sou um exemplo. Creio em Deus como Criador e como Amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco.” William Daniel Phillips (1948-), Nobel de Física em 1997. ======================================================================== “Descobri que há uma harmonia maravilhosa nas verdades complementares da fé e da ciência. O Deus da Bíblia é também o Deus do genoma. Deus pode ser encontrado na catedral e no laboratório. Investigando a criação incrível e majestosa de Deus, a ciência pode na verdade ser uma forma de louvor”. Francis Collins (1960-), diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA e diretor do Projeto Genoma Humano ======================================================================== “Não vejo nenhuma contradição entre ciência e fé: pertencem a duas esferas diferentes. Nós, cientistas, seríamos muito ambiciosos e arrogantes se imaginássemos que podemos explicar a origem do mundo”. Fabiola Gianotti (1960-), diretora-geral do CERN – Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear."

  • São Paulo & Nova York

    Estado de São Paulo 1º caso de covid19 = 26/02/2020 Início do isolamento = 24/03/2020 População em 2019 = 45,9 milhões Óbitos até 25/03 = 48 17/04 = 928 30/04 = 2.375 17/05 = 4.688 31/05= 7.615 Total de óbitos na cidade de São Paulo até 17/05 = 4.212 Estado de Nova York 1º caso de covid19 = 01/03/2020 Início do isolamento = 20/03/2020 População em 2019 = 19,4 milhões Óbitos até 25/03 = 285 17/04 = 14.636 30/04 = 18.321 17/05 = 22.478 31/05= 23.959 Total de óbitos na cidade de Nova York até 17/05 = 16.410 Nossa solidariedade ao povo americano, sofremos juntos. Agradecemos à Deus pelo impacto que tem sido mais leve. Este comparativo nos servirá para compreendermos melhor no futuro. SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, ROGAI POR NÓS.

  • A história do crucifixo milagroso

    Papa Francisco rezou pelo fim da pandemia diante do objeto religioso e emocionou fiéis Na última sexta-feira, 27, o Papa Francisco realizou uma bênção Urbi et Orbi, que significa "à cidade de Roma e ao mundo", e rezou pelo fim da pandemia do novo coronavírus diante do crucifixo da capela de San Marcello al Corso. O evento, que ocorre apenas na Páscoa e no Natal, aconteceu em caráter extraordinário. Conheça a história do crucifixo milagroso Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio de 1519, a igreja de São Marcelo foi destruída por um incêndio violento, porém o crucifixo do altar principal ficou intacto. Quando encontrado por fiéis na manhã seguinte, ainda estava iluminado por uma lamparina que, embora atingida pelas chamas, ardia aos seus pés. Imediatamente, as pessoas disseram que aquilo era um milagre e muitas começaram a se reunir todas as sextas-feiras para rezar e acender velas aos pés da imagem de madeira. Tempos depois, no ano de 1522, quando Roma foi atingida por uma terrível peste, outro milagre foi atribuído ao crucifixo. Desesperados, os frades Servos de Maria decidiram levar, mesmo com a tentativa das autoridades de impedir para que não houvesse aglomerações e consequentemente um grande número de contágios, a peça religiosa em procissão penitencial da igreja de São Marcelo até a Basílica de São Pedro. Sob forte aclamação popular, o crucifixo milagroso percorreu toda a cidade de Roma em uma procissão que durou 16 dias. Quando a marcha chegou ao fim, a doença já tinha cessado por completo. Desde o ano de 1650, o crucifixo é levado até à Basílica de São Pedro.

  • A força da solidariedade

    Uma reflexão sobre como ajudar os brasileiros neste momento de crise causada pelo coronavírus O filho pequeno de 4 anos brincava no sofá quando, de repente, o barulho e o choro estridente romperam o som do ambiente. O braço está doendo, gritava o menino. Angustiado, ele pensou: O que fazer agora, meu Deus? Para onde devo levá-lo? O plano de saúde mantido por anos havia sido cancelado, o carro levado pelo oficial de justiça, pois não conseguira pagar as prestações, e a ameaça de despejo por não pagar o aluguel pairava sobre a família. Não sabendo onde levar o filho, o embalou no colo por toda a noite. Na manhã seguinte, logo cedo, correu para o posto de saúde. Foi repreendido pelo médico por não ter levado o garoto ao pronto socorro de imediato, mas apesar disso a felicidade lhe tomou o coração: era só uma torção, e com um movimento rápido, o experiente médico colocou tudo no lugar e deu uma amostra de remédio para amenizar a dor. Deixou a criança em casa e foi ao banco, o mesmo onde trabalhara por anos e saíra para montar sua pequena empresa que faliu por não conseguir ser desonesto e concordar com as trapaças que seus sócios faziam. Na agência, falou com o gerente, o mesmo que havia sido seu funcionário anos antes: – Meu amigo, infelizmente não vou conseguir pagar esta dívida, pode sujar meu nome. Um dia vou pagar, peço desculpa por ter confiado em mim. Saindo de lá, foi a outro amigo: um padre que cuidava de uma ONG dedicada à atender pessoas carentes. Chegara ao limite e pedia comida, uma cesta básica para levar para casa. Já não conseguia alimentar sua família com o dinheiro do seu trabalho. O sonho de se tornar empreendedor estava ruindo. Sem atendimento médico, sem condições de moradia digna, o nome negativado, sem comida para levar para casa, sem condições de sonhar. As únicas coisas que restavam eram sua fé em Deus, os ensinamentos angariados nas missas que costumava frequentar e, principalmente, a compreensão da esposa. Naquele tempo, o que menos ele precisava era dinheiro, bastava a solidariedade. E ela veio na figura do médico que deu o remédio para curar a dor do filho, no carinho da mãe que ofereceu dois cômodos para morar, no alimento que não faltou graças ao padre e no empréstimo de amigos para pagar as contas de luz e água. Nada faltou e a presença de Deus confortou. Esta história traz à luz a saga de um pequeno empresário que quebrou. É real, do idealizador deste projeto, e o que se pretende com este depoimento é por em discussão a estratégia de se focar apenas na distribuição de bilhões de reais. Será que esta é a melhor alternativa para o momento? Quem está indo aos mercados agora tem percebido a disparada dos preços, quem comprar uma dúzia de ovos vai entender claramente. Então vemos um programa de distribuição de renda, mas será que, a exemplo da história acima, não seria mais rápido e eficaz, neste momento desesperador, determinar a entrega de alimentos a todos que necessitam em entidades que se encontram dentro das comunidades, contando, por exemplo, com o apoio do Exército Brasileiro? Assim, com doações e alimentos fornecidos pelo Governo Federal, se evitaria uma transferência brutal de recursos das famílias pobres para grupos poderosos que atuam no comércio alimentício. Ainda levando em consideração a narrativa acima, seria interessante o fornecimento de remédios. Saber que haverá acesso às coisas essenciais trará algum conforto. Água e luz já estão contempladas nas ações propostas pelo governo, um alento também. Certamente, milhões de pequenos empreendedores e profissionais liberais se encontram em extrema dificuldade agora e não se enquadram nos programas de auxílio do governo. Além disso, até quando os cofres públicos aguentarão? Em nada somos especialistas, nosso olhar é o da solidariedade. Imagem: R7

  • O Brasil não quer e não pode parar tudo.

    Maio de 2006, São Paulo, a manchete no jornal era “Pânico no Galinheiro”. Com essa frase na cabeça e apavorado, Landi Dantas, 55, saiu para buscar tampas de shampoo para aplicar um processo de decoração de embalagens chamado hot-stamping, o qual realiza até hoje. Na época, sua empresa era recém aberta, tinha apenas dois funcionários e ele passava por grande dificuldade financeira e já não tinha esperança de conseguir dinheiro emprestado no banco. Era movido pela fé e lutava para não deixar faltar comida em casa e o salário dos funcionários. Naquele mês, São Paulo foi submetida à um toque de recolher imposto por criminosos de uma conhecida facção local. A cidade que nunca para, parou. No caminho, em direção ao Capão Redondo, Landi observou uma moto vindo ao seu lado, percebeu que um dos ocupantes mexia em um pacote e viu que ali havia uma arma de fogo. O carona da moto percebeu, o olhou fixamente e o pânico tomou conta dele. Eles pararam a cerca de 200 metros de seu carro. Landi, temendo ser alvejado, pensou: "vou morrer se continuar andando na rua, mas não posso voltar para casa, preciso do meu trabalho". Não tinha outro jeito, ou ele pegava as tampas, trabalhava e ganhava o dinheiro do mês ou deixava a empresa quebrar e sua família e funcionários desamparados. Com esperança de sair dali vivo, jogou o carro na contramão e seguiu pela primeira rua que apareceu. Após tomar certa distância, parou e se pôs à rezar. Por alguma razão, os criminosos não o perseguiram. O texto no jornal aquele dia falava sobre povos que passam por guerras e calamidades e mesmo sob as condições mais difíceis continuam trabalhando. Quantos brasileiros saem pela manhã em meio à tiroteios e precisam seguir adiante? Não somos um povo covarde, mas quando somos submetidos à uma carga imensa de informações sem capacidade de filtrá-las podemos errar o caminho. A certeza que ficou foi de que as autoridades governamentais erraram na condução da crise de 2006, milhões de pessoas pararam pelo pânico. Estamos diante de uma iminente tragédia. O novo coronavírus está deixando os brasileiros apreensivos e estamos agora confinados em nossas casas para proteger à nós e aos mais vulneráveis, especialmente os idosos. Milhões de pequenos empresários, profissionais liberais e autônomos estão neste momento na mesma situação em que Landi estava em 2006, sabem que trabalham ou quebram. Os trabalhadores também estão preocupados, pois cada vez mais estão tomando ciência de que seus empregadores não conseguirão os manter em casa sem que isso tenha sérias consequências. Temem perder seus empregos e o sustento de suas famílias. O governo e as autoridades estão empenhadas na busca por alternativas, porém podemos observar que a política, como forma de diálogo para resolver os problemas, não está sendo exercida guiada pelos princípios da paz e do diálogo, e temos que tomar este caminho. Precisamos lutar pela vida com todas as nossas forças, mas sem trabalho, ali na frente, não haverá sonhos, nem honra, e muitas vidas podem ser perdidas. O Presidente Jair Bolsonaro tem razão em se preocupar com os empregos, e parte da população tem manifestado desejo de voltar ao trabalho, tomando as medidas necessárias de prevenção, obviamente. Está fazendo carreatas e subindo hashtags como a “o Brasil não pode parar ”. O custo em vidas por falta de trabalho, no modelo atual de distanciamento social, pode ser muito maior do que os causados pelo vírus. E não será com dinheiro de empréstimo bancário que os pequenos sobreviverão, pois a verdade é que maioria não será atendida pelos comitês de crédito citados recentemente por um secretário de governo. Buzinaço em Blumenau, Santa Catarina. (Foto:Alexandre Dávila, arquivo pessoal/Imagem retirada do site Nsc Total)

  • #MãoSujaDinheiroLimpo resgata a esperança por um novo Brasil

    O movimento surge para dar voz aos trabalhadores que não desistem da honestidade Servente de pedreiro, vendedora de picolé, mecânico, frentista... Pessoas comuns, de várias regiões do Brasil, unidas pelo mesmo princípio: a honestidade. Este é o Movimento #MãoSujaDinheiroLimpo, que surgiu nas redes sociais e já virou notícia do Jornal Nacional. A matéria exibida no último dia 03 de novembro pelo principal telejornal da Rede Globo mostrou vários profissionais autônomos que utilizam a hashtag do movimento para expressar seu orgulho pelo esforço do trabalho honesto. São imagens e mensagens que ilustram o dia-a-dia do trabalhador brasileiro, que soa a camisa por conta própria para driblar a crise; que não se deixa sucumbir pela corrupção do país; que não perde a integridade e que é o verdadeiro herói da nação. Segundo a matéria, os posts já renderam mais de 500 mil curtidas. Depois da divulgação no JN, vários grupos online se formaram e outros milhares de pessoas aderiram ao movimento, com o objetivo de fortalecer as virtudes uns dos outros. Ademar Bueno, professor da FGV-SP, entrevistado na matéria, afirmou que os jovens estão começando a entender que os valores para construir uma sociedade são diferentes dos que os atores públicos sempre pregaram. Quem sabe, sejam os valores cristãos e os princípios de Sociedade da Confiança e Cultura da Paz que tanto o Movimento Empresário Cristão vem defendendo por mais de duas décadas. Caminhando pelo mesmo propósito “É por causa de pessoas como essas que eu acreditei que dá para levar as propostas do EC em frente. Por isso que em 25 anos eu não desisti”, expressou Landi Dantas, idealizador do Movimento Empresário Cristão. Para o EC, iniciativas como o #MãoSujaDinheiroLimpo é um grande avanço de consciência social e só reforça a efetividade do que já foi sonhado lá trás: dar voz aos bons trabalhadores, para que, com seus exemplos, sejam os porta-vozes da mudança através do poderoso poder da internet. As propostas são audaciosas e o desejo é que, a cada dia, os brasileiros encontrem novas formas para mudar o rumo do país, assim como o mecânico Fernando Minutti: “Por mais que a gente veja os maus exemplos dos grandes, não é isso que vai me corromper. A gente tem criatividade e não vai desistir do Brasil!”. Imagens: Pixabay Uol Notícias Spirit Fanfics e Histórias

  • A ilusão de ética da sociedade brasileira

    O que falta para o Brasil é se apropriar do que já foi ensinado Falar sobre ética até parece desnecessário, já que o tema é tão óbvio, certo? Errado! A cada dia, a sociedade presencia novos e lamentáveis episódios de quebra de conduta e desrespeito nas mais diversas áreas da convivência. É preciso pensar duas vezes ante de levar um celular para o conserto, devido ao risco de ter suas fotos divulgadas; ou ficar em alerta para que um paciente em tratamento no hospital não seja exposto pela equipe médica. Isso, sem mencionar os tantos casos de corrupção sem medida, que acontecem em escala global. O que há de errado? Em uma sociedade evoluída, em pleno século XXI, com avanços em tecnologia, ciências, artes... Por que a falta de ética ainda está tão presente? Será que está faltando essa matéria nas escolas e faculdades? A culpa é da família, que não educa direito? Ou dos códigos de ética, que já estão ultrapassados? Não dá para falar sobre ética sem tocar na ferida toda. Esse é um tema delicado no mundo todo, principalmente no Brasil, que sofre com a falta de ética arraigada em seus primórdios. Desvendando o problema do início O teólogo e professor Leonardo Boff, em seu texto “Causas da escandalosa falta de ética no Brasil”, faz uma profunda análise sobre os motivos que levaram o Brasil a ser contaminado, como ele mesmo afirma, por uma espantosa falta de ética. A começar pela colonização do país, marcada pela submissão do povo, pelos abusos e pela relação desigual de senhor e escravo, que obrigava o colonizado a mentir, a esconder intenções e a fingir em nome da sobrevivência. O que levou a uma corrupção da mente. Em seguida, veio a abolição da escravatura, que culminou na formação de favelas e na discriminação dos negros, uma vez que estes foram alforriados, mas sem nenhuma condição digna de moradia e trabalho. Com a República e as relações de produção capitalistas, vieram a exploração, a dependência da população pobre e as injustiças que assolam os brasileiros até hoje, com hábitos e práticas presentes no inconsciente coletivo da sociedade. Neste contexto, Boff também analisa as instituições cristãs e critica sua fraca atuação de formar cidadãos mais conscientes do amor ao próximo. “Como é possível que num país majoritariamente cristão vigore tanta injustiça, insensibilidade, discriminação social e humilhação de negros e pobres? Alguma coisa errada ocorreu em nossos processos de transmissão da mensagem libertadora e humanizadora de Jesus”, questiona o teólogo. A solução é simples, mas complicada Leonardo Boff conclui seu texto enfatizando que a crise geral do Brasil só será superada quando houver uma profunda transformação da sociedade. Como fazer isso? As pistas, segundo ele, estão na Bíblia. ”Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem nenhuma”; “Não exija mais do que a taxa definida”; “Não pratiques torturas nem chantagens contra ninguém e contente-se com seu salário”... Parece atual, mas já era ensinado há mais de dois mil anos nas pregações de São João Batista, precursor de Jesus Cristo. Assim como os dez mandamentos, que são orientações universalmente válidas para qualquer situação. Afinal, todos, independente de religião, devem respeitar o próximo, não roubar, não matar, não cometer adultério etc. A família, como aponta Boff, também tem sua parcela de responsabilidade na formação de uma sociedade ética. Basta criar caráter nos filhos, formá-los na busca do bem e da verdade e ensiná-los a tratar humanamente a cada ser humano. Tudo parece simples, mas, na verdade, é uma tarefa árdua. No entanto, quando as pessoas se apropriarem disso e começarem a agir com mais ética e menos “jeitinho”, desde os pequenos gestos do dia-a-dia, a consciência social vai crescer de modo orgânico e o país não viverá mais de ilusão, mas de realidade. Imagens: blogdofabossi.com.br historiaeciajg.blogspot.com.br julianagalvaoevcusp.blogspot.com.br

  • Comunidade Santa Clara: uma ação empreendedora

    Quando a evangelização de um povo começa pela vontade de gerar algo inovador O último dia 12 de agosto foi especialmente importante para a Paróquia São Francisco e Santo Estêvão, do bairro Maria Virgínia, no Campo Limpo. Sua comunidade caçula, a Santa Clara, realizou uma grande festa para inaugurar o terreno destinado à construção de sua futura capela. Neste dia, posterior ao dia de Santa Clara, aconteceu a Benção do Cruzeiro proferida pelo bispo diocesano Dom Luís Antonio Guedes, marcando o terreno como local de uso santo. E, também, foi celebrada a primeira Missa Solene da comunidade, em honra à sua padroeira. Distante a 1,5km de sua matriz, a Comunidade Santa Clara já está presente no bairro do Jardim Paris há quatro anos. Ela foi fundada no 1º domingo da Quaresma de 2013, na garagem de uma casa. E é fruto da vontade empreendedora de seu pároco em dar continuidade a uma bonita história de fé e dedicação, que havia sido interrompida em 2010. Como tudo começou Antes de se tornar território paroquial da São Francisco, a Rua Manoel Pedro de Almeida e vizinhança faziam parte da Paróquia São José Operário, do Pirajussara, desde 1969. Na época em que Padre Francisco Consorti foi pároco da São José, na década de 1990, uma pequena comunidade foi dedicada a São Benedito. Mas, em 1999, quando Padre Ezaques Tavares assumiu o paroquiato da São José, a comunidade contava com a participação de pouquíssimas pessoas. Então, na tentativa de dar nova vida a ela, o padre e seus integrantes reestruturaram a comunidade. Entre as mudanças que ocorreram, a principal delas foi o santo padroeiro da comunidade, que agora seria Nossa Senhora das Graças. O nome foi escolhido por Ivonete Simão de Sousa, uma senhora muito devota, que havia ganhado uma imagem da santa e logo a ofereceu para fundação da nova comunidade. Também ofereceu a garagem da sua casa para ser a capela provisória e aceitou, por 10 anos, ser a coordenadora da Nossa Senhora das Graças. Com o passar dos anos, a necessidade por um espaço maior foi crescendo e, após sete anos de arrecadação e com ajuda da Cúria Diocesana, em 2006, Padre Ezaques comprou uma casa na mesma rua em que ficava a de Dona Ivonete. Com muita alegria, a comunidade passou a utilizar aquele espaço para suas atividades. No entanto, o pároco aproveitou por pouco tempo a conquista, porque em 2007 foi enviado para outra paróquia. Em seu lugar, chegou Padre Adilson Ulprist, que deu continuidade aos trabalhos. O fim da caminhada Após 11 anos de ativo trabalho no Jardim Paris, a Comunidade Nossa Senhora das Graças sofreu um grande abalo. Em 2010, algumas denúncias da vizinhança à Subprefeitura de São Paulo, com a justificativa de que o barulho das missas os incomodava, resultou em uma grande multa à Paróquia São José Operário. Além disso, a Prefeitura também informou que naquela rua não poderia haver pontos comerciais, como foi caracterizada a igreja. Sendo assim, Padre Adilson optou pelo fechamento da comunidade e pela venda da casa. Foi um choque para todos os paroquianos, em especial Dona Ivonete, que dedicou todo aquele período em serviço a Deus. “Tentamos voltar com as celebrações nas casas, mas a comunidade ficou muito abalada, então as missas deixaram de acontecer”, explicou Sandra de Sousa Ralheonco, 44 anos, filha de Dona Ivonete. Outras tentativas em busca de um novo espaço para a comunidade aconteceram, porém, sem sucesso. E, para maior tristeza daqueles moradores, em junho de 2015, Dona Ivonete faleceu aos 77 anos e não pode presenciar as boas novas que estavam por vir. A luz de uma esperança A notícia sobre o fechamento da Comunidade Nossa Senhora das Graças logo se espalhou, chegando até a Paróquia São Francisco, que está do outro lado da região do Campo Limpo, em relação ao Jardim Paris. Padre Alessandro Carvalho, quando soube, foi oferecer ajuda ao Padre Adilson para que pudessem encontrar meios de salvar a comunidade. Mas o então pároco da São José Operário já havia tentado de tudo. “Então passe para mim essas ruas, porque eu vou tentar fazer algo diferente por lá”, disse Padre Alessandro ao outro padre, com um pensamento visionário. E assim aconteceu. Em dezembro de 2012, o bispo Dom Luís assinou o decreto de mudança do território paroquial da São José Operário, transferindo algumas ruas para a São Francisco. No ano seguinte, em 2013, a Comunidade Santa Clara surgiu com a missão de resgatar a fé daquela comunidade, que já havia perdido as esperanças por duas vezes. “As igrejas devem estar perto das pessoas. Pequenas comunidades, mas todas muito certas do Amor de Deus. Por isso esse empenho todo”, declarou Padre Alessandro na celebração do dia 12. Segundo ele, Santa Clara foi escolhida como padroeira da nova comunidade porque, primeiro, é uma santa franciscana e foi discípula de São Francisco; segundo, para desvincular com a experiência anterior que não havia dado certo; e terceiro, para preservar a possibilidade de a São José começar uma nova história com o nome de Nossa Senhora das Graças. Foi o que aconteceu em 2015, quando alguns paroquianos retomaram a comunidade dentro de um conjunto habitacional, no Jardim Leônidas Moreira. Rumo ao novo caminho Começar uma comunidade do zero, em meio ao atual cenário do país, foi um ato audacioso. Como todo bom empreendimento, foram precisos quatro anos de muito trabalho e mobilização para dar vida à iniciativa. “Já teve dias em que eu deixei de almoçar com a minha mãe para rezar Missa de Natal e só tinha eu e mais duas pessoas. Mas, se eu não fizesse isso, a comunidade não iria se apropriar do projeto”, revelou o pároco da Santa Clara. Determinado, em fevereiro deste ano Padre Alessandro conseguiu comprar o terreno ao lado da casa de Dona Ivonete. Local que já havia sido muito utilizado nas festas da antiga comunidade e era cobiçado para ser o espaço da capela. “Há alguns meses, o padre pediu para que toda a família estivesse presente na missa da comunidade. Lá, ele anunciou a compra do terreno e atribuiu essa graça à minha mãe, dizendo: ‘Foi um milagre de Dona Ivonete! Com certeza, ela deu uns cutuques em Deus e, com certeza, está fazendo festa lá de cima”’, relatou Sandra Ralheonco. Agora, Padre Alessandro trabalha para levantar uma capela provisória em madeira até novembro deste ano. Futuramente, será construída uma igreja definitiva em alvenaria, com um projeto de altares laterais que contarão a história da comunidade desde os anos 1990, em homenagem àquela região. Para os moradores que passaram a pertencer à nova paróquia, a recepção foi calorosa. Das filhas de Dona Ivonete, Flávia já é linha de frente da Santa Clara, enquanto Fátima promete se dedicar aos cuidados da capela. Sandra, apesar de se sentir parte da São José Operário, está dando total apoio para o fortalecimento da comunidade. Por isso, Padre Alessandro agradece: “Muito obrigado, Deus, pelas pessoas que soprastes para servir nesta comunidade. E a todos que nos abraçaram e acolheram. Que Santa Clara seja luz para nós trabalharmos e fazermos acontecer nossa comunidade”. Agora, a Comunidade Santa Clara, com a Comunidade Santo Estevão e a matriz São Francisco, fazem parte do projeto “Comunidades Solidárias”. Foi a primeira paróquia que aderiu ao Movimento Empresário Cristão, na busca pelo desenvolvimento de uma sociedade de confiança e da cultura de paz. Fotos: Acervo pessoal de Aline Pigozzi

bottom of page